Por questões que não vem ao caso, meu pai, um senhor octogenário e já em processo de demência, não costuma frequentar minha casa.
Depois de alguns argumentos convincentes, aceitou passar o final de semana comigo em minha casa.
A primeira vez desde que meus pais se separaram.
Reclamou que minha casa é fria mas eu vesti ele com meus casacos, coloquei um cobertor no cadeirão (poltrona) para ele cobrir as pernas e assim passamos o sábado entre ele vendo eu trabalhar, eu "vigiando" a máquina de lavar (pra ver se estava lavando direito minhas roupas) e muita comilança.
A vida inteira ele se gabou por acordar cedo, como se isso fosse uma espécie de diferencial na vida, uma virtude humana que ele possuía que o elevava acima dos demais mortais. Tudo bem. Opinião pessoal dele.
Mas, eu realmente tenho esse "problema": preciso dormir cedo e acordar cedo. Funciono a base da luz solar, rs.
Domingo, termômetro aponta treze graus célcios e lá vou eu sair da cama as sete.
Me arrumei, fiz café, preparei a mesa e... fui acordar meu pai.
Eu: Pai, acorda, já são oito horas.
Ele: Que dia é hoje?
Eu: É Domingo e já são oito horas.
Ele: (aparentemente sem me reconhecer mas reconhecendo que a cama estava muito agradável, rsrs) Quem é a senhora para me fazer sair da cama cedo?
Só não cai na risada pq fui pega de surpresa pela resposta, rs.
Esse é o velho pai que eu conheço... o autoritário, rs.
Enfim, cá estou eu ouvindo a distância o assobio da sua respiração enquanto dorme.
Acho que vou dar uma palhinha pra ele e deixar ele ficar na cama até as nove horas, rsrs.
domingo, 26 de maio de 2019
Sem título
Marcadores:
autoritarismo,
Domingo,
família,
frio,
idoso,
maior idade,
octogenário,
pai e filha,
senil
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário